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Análise Gaming | “Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint”

Análise Gaming | “Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint”

Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint já está nas lojas para PS4, XBOX One e PC. Conheça aqui a nossa opinião sobre o novo Ghost Recon.

A Ubisoft chegou a 2017 e decidiu actualizar uma das suas mais consagradas franquias: o Ghost Recon. Saiu então Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands com uma viagem à Bolívia para combater o tráfico, trazendo consigo várias mudanças. Íamos finalmente ter um open world, sem ser um jogo linear como os anteriores. Claro que sofreu uma migração para a nova geração, mas, no fundo, Ghost Recon manteve a sua identidade.

Continua a ser um jogo de tiros com visão em terceira pessoa, e que passa para primeira quando puxas o zoom em algumas armas. Ghost Recon Breakpoint é o 12º jogo da franquia que, apesar de tantos lançamentos, nota-se que ainda é uma laranja que pode dar muito sumo, além do jogo estar criado de modo a que tu não precises jogar nenhum dos jogos anteriores para jogar o Breakpoint.

Agora com a apresentação de Ghost Recon, a Ubisoft deu um passo já dado por outras empresas, que era trazer estrelas dos cinemas / séries para os jogos, de modo a haver uma aceitação maior da parte do público. A escolha recaiu sobre Jon Bernthal,conhecido pelos seus papéis em séries como  “Punisher” ou mesmo o “Walking Dead”. Tenho de admitir que claramente o papel de Jon neste jogo é positivo e ele realmente está à altura do desafio.

Mas, para quem esperava um simples seguimento do seu antecessor, está um pouco enganado.

Depois de alguns problemas a sul do Pacífico, o governo americano, para investigar o ocorrido, envia vários ghosts para Auroa, bem perto do Polo Sul, lar de algumas paisagens incríveis e variadas e também da sede da Skell Technology.

A missão da Skell Technology era eliminar a escassez de alimentos e resolver a fome no mundo por meio do desenvolvimento de IA e drones autónomos.

Ao chegar, os soldados são atacados e vários morrem. Os que sobrevivem, descobrem que o Coronel Walker (Jon Bernthal), antigo ghost e aliado, é agora um ditador e responsável pelas mortes registadas na ilha, controlando um exército conhecidos por wolves.

A nossa missão principal é entender o porquê desta mudança de comportamento do Coronel e, enquanto isso, vamos também ajudando os habitantes da ilha, fazendo missões em busca de Loot que te vai ajudar, e muito, nas missões principais. Aqui a parte social é muito importante: podemos interagir com outros jogadores numa hub social como em qualquer MMO, fazendo lembrar até demais o The Division. Aliás, as parecenças entre estes dois títulos é enorme e, quanto mais avanças no jogo, mais aquela sensação de “já joguei isto” vai aparecer,  caso tenhas investido tempo no The Division 2. Aqui tens é um panóplia de veículos e mapa que te vai levar também para o mundo de Far Cry, jogo este também distribuído pela Ubisoft.

Auroa é simplesmente um mapa incrível, com vários ambientes: desde construções a montanhas, vilas, cascatas etc… vais encontrar um pouco de tudo no jogo. No entanto, com um mapa grande vêm também um dos problemas maiores neste jogo e, claramente, algo que todos sabemos que vai ser melhorado, mas que em alguns casos arruinou-me absolutamente a experiência do jogo. 

O jogo apresenta bugs de colisão, objetos completamente fora do sítio, quebras gigantes de frame rate… para terem uma noção, pilotei um helicóptero fora dele, fiquei preso dentro de uma montanha, não conseguia acabar uma missão porque o meu companheiro recuperado, simplesmente, não aparecia na maca onde teria de falar com ele… enfim, foram bastantes bugs que o jogo foi apresentando… Provavelmente, quando estiveres a ler esta review, já estes bugs ou pelos menos grande parte deles foram corrigidos.

Os gráficos do jogo variam entre o inacreditável de bom e o inacreditável de mau… há texturas que parecem que saíram de um jogo da PS2 e tem outras que o detalhe é digno da próxima geração! Não dá para entender a razão disto acontecer.

No jogo, podes personalizar não apenas a aparência do teu ghost, mas também escolher entre quatro classes diferentes de ghost, cada uma com seu próprio conjunto de habilidades especiais e equipamentos de combate.

A classe Assault é especializada em assalto direto: ficas com mais vida e tens mais resistência aos ataques. Se preferires atacar de longe, estilo camper, a classe Sharpshooter é a tua cara: vens equipado com balas de alta penetração e tens a capacidade de controlar a tua respiração por mais tempo enquanto mira, tal como qualquer Battlefield.

A classe de Médico faz com que tenhas a capacidade de reviver e curar colegas de equipa e também podes usar o teu kit médico para te curares mais rapidamente do que os outros. Ou, por último, ter uma agilidade incrível para o modo de stealth em que podes escapar da linha de fogo com mais facilidade.

As mecânicas de sobrevivência são especificamente baseadas na barra de fôlego, a já conhecida stamina. Correr, escalar ou descer ladeiras consome essa barra, que é recarregada naturalmente após algum tempo de repouso, ou então com comida. Porém, esta barra, a meu ver, está bastante mal aproveitada. Este jogo tenta aproximar-se a outras franquias da Ubisoft e acaba por não fazer muito sentido, como por exemplo, os níveis de raridades das armas e o sistema de loot é uma cópia clara do The Division e acho que deveriam deixar as franquias bem díspares, para atrair mais gente.

Às vezes sentimos que por mais balas que consigamos acertar num inimigo ele não cai, porque tem um nível superior à arma que temos e isso torna o jogo, em parte, frustrante. Este também não é um jogo em nada fácil, há partes bastante intensas e, sendo um open world, por vezes acabamos no meio de uma batalha que já sabemos que vamos perder, só porque optamos pela missão errada.

Um adição interessante do jogo foi o seu Modo PVP que, claramente, vai dar mais vida a Ghost Recon. Neste modo, tens duas equipas de 4 jogadores e, usando tácticas e os skills de cada jogador, vão enfrentar-se. É bastante engraçado e, com amigos, este modo torna-se bem interessante. Contudo, o maior atrativo sempre foi e sempre será a campanha e principalmente se a jogarmos em Co-op.
 

Tom Clancy’s Ghost Recon: Breakpoint tem sistemas de jogo bastante interessantes, tem também uma história sólida que certamente vai te puxar o interesse. Tem um modo PVP topo de linha, mas com uma linha mais virada para MMO que, a meu ver, não se enquadra com a narrativa que este jogo vinha a apresentar e que os jogadores e fãs da franquia não se identificam. Bebeu demasiada influência no sucesso que teve o The Division 2, talvez por pressão da Ubisoft. No entanto, não deixa de ser um bom jogo que, apesar dos problemas claros no gráfico e em algumas secções, é um jogo que te vai manter ocupado durante algumas horas. 

 

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