Redação 
98.º aniversário do nascimento de Amália Rodrigues, sinónimo de Fado e de Portugal.
Mas Amália é ainda mais do que isso. É uma artista inteligente e versátil, intérprete e poeta, actriz e sedutora, diva e eterna.
Nasceu no coração de Lisboa em Julho de 1920. Os registos atribuem-lhe o dia 23 como data de nascimento, Amália comemorava o aniversário no primeiro dia do mês. E se todos os dias são perfeitos para assinalar a carreira da fadista que marcou a nossa história, hoje é um dia ainda mais especial para redescobrir a mulher que esgotou as maiores salas de espectáculo do mundo, emocionou gerações com uma voz inigualável e inspirou artistas que ousaram descobrir esta música tão nossa, como é o Fado.
“Os mais fadistas, pelo fascínio que sentem por ela, visitam géneros musicais que à partida nem considerariam. E o mesmo acontece no sentido inverso. Amália fascina novas plateias, que chegam ao fado através da sua voz nestas cantigas mais ligeiras. Por ser assim, o repertório de Amália foi um caso singular de amplitude artística, pela forma natural como conciliou públicos, classes e nichos musicais tão estanques.” (Frederico Santiago)
Exemplo desta versatilidade é o mais recente lançamento “É Ou Não É?”, um CD triplo que assinala algum do repertório mais colorido de Amália.
Trata-se de uma colectânea que reúne singles e EP de 45 rotações, originalmente editados entre 1968 e 1975, bem como gravações inéditas pela primeira vez disponíveis a partir das bobines originais, versões alternativas, ensaios de estúdio e cantigas totalmente novas na voz de Amália. O material foi, na sua maioria, gravado nos estúdios da Valentim de Carvalho em Paço de Arcos.
